Contato

(61) 3352 0701 | 8310 2457 | 8188 5006 | 8106 7169

asjpmdf@gmail.com

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/02/1588467-explosao-em-plataforma-da-petrobras-no-espirito-santos-deixa-tres-mortos.shtml?cmpid=%22facefolha%22

Explosão em plataforma da Petrobras no Espírito Santo deixa três mortos


Uma explosão ocorrida por volta do meio-dia desta quarta-feira (11) no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus em Aracruz, no Espírito Santo, deixou três mortos, de acordo com o Sindipetro (Sindicado dos Petroleiros do Espírito Santo), feridos e outros desaparecidos.
Segundo informações da FUP (Federação Única dos Petroleiros), são seis desaparecidos.
Cerca de 30 funcionários foram retirados da plataforma em um barco de apoio, disse o diretor do Sindipetro ES, Davidson Lombo. Segundo ele, a explosão foi causada por um vazamento de gás.
O navio operava nos campos de Camarupim e Camarupim Norte, a cerca de 80 quilômetros da capital do Estado, Vitória.
Editoria de arte/Folhapress
Mapa Explosão de návio plataforma Cidade de São Mateus, no município de Aracruz Espirito Santo
Explosão do navio-plataforma Cidade de São Mateus, da Petrobras, no município de Aracruz, Espírito Santo, deixou três mortos
"A plataforma está sem comunicação. Estamos fazendo contato por meio da plataforma Vitória (próxima ao local do acidente)", disse o diretor do Departamento de Segurança da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
A sigla FPSO significa, em português, navio-plataforma estocante de produção. Trata-se de um plataforma de pequeno porte, com a produção de apenas 2,2 mil barris/dia de petróleo em águas rasas. O número corresponde a apenas 0,1% da extração total de óleo da Petrobras.
As plataformas de grande porte da estatal produzem, a plena capacidade, entre 150 mil e 180 mil barris/dia.
O aeroporto de Vitória foi acionado às 13h50 e está com esquema especial para receber as vítimas.
Apesar do esquema de emergência, não houve alteração nas operações comerciais do aeroporto, segundo informações da Infraero.
Procurada, a assessoria do governo do Estado do Espírito Santo confirmou o acidente, mas não precisou o número de vítimas, informação a ser prestada pela Secretaria de Saúde, segundo a assessoria. A reportagem não conseguiu contato ainda com a assessoria da pasta.

O QUE DIZ A PETROBRAS
Procurada, a Petrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não havia ninguém disponível para dar informações sobre o acidente e solicitou à reportagem que enviasse um e-mail para obter detalhes do caso.
A estatal disse que não tinha até as 15h50 nenhuma informar para repassar à imprensa nem sobre o número de vítimas tampouco confirmaram a ocorrência.
O acidente ocorre poucos dias após a mudança na gestão de Petrobras. Seu novo presidente, Aldemir Bendine, disse que assumiu a estatal com "carta branca" e prometeu transparência.
ANP
A ANP (Agência Nacional do Petróleo), órgão regulador do setor e controla o número de acidentes e ocorrências fora do padrão operacional de unidades de produção de petróleo, também informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que desconhecia o acidente e o número de vítimas.
A BW Offshore, empresa de origem norueguesa dona da plataforma que opera no campo de Camarupim (na bacia do Espírito Santo, a terceira mais produtiva do país), informou que não iria comentar o acidente.
HISTÓRICO
O último acidente com grande número de vítimas da Petrobras ocorreu em 2001.
Na ocasião, a maior de produção de petróleo em alto-mar à sua época, que custou à estatal brasileira US$ 350 milhões e começou a ser operada pela Petrobras em 2000 no campo do Roncador, na Bacia de Campos, sofreu duas explosões em 15 de março de 2001.
Na hora do acidente, havia 175 pessoas a bordo –11 delas morreram no acidente. Primeiro, a plataforma adernou, pois uma das colunas de sustentação ficou comprometida. Poucos dias depois e inúmeras tentativas de salvar a plataforma e resgatar corpos que permaneciam no local, a unidade de produção afundou com o alagamento de parte sua estrutura.
Em janeiro de 2015, uma explosão na Refinaria Landulpho Alves, da Petrobras, deixou três pessoas feridas, sendo uma em estado grave.
De acordo com a entidade, o acidente ocorreu durante a realização de um serviço em espaço confinado no vaso da unidade de geração de hidrogênio da refinaria. Segundo o Sindipetro, dois feridos pertenciam à empresa terceirizada Victória.
E houve um incidente anterior, no mesmo mês, que não deixou feridos. Localizada no Recôncavo Baiano, a refinaria tem capacidade de processamento de 323 mil barris diários.
Seus principais produtos são diesel, gasolina e querosene de aviação, entre outros.
Em nota, à época, a Petrobras disse que os feridos "foram prontamente atendidos pela equipe médica da refinaria, encaminhados ao hospital, e a companhia está prestando a assistência necessária".